FaceApp é risco à segurança nacional diz Senador americano

Sucesso da atualidade, o FaceApp, aplicativo que envelhece as pessoas, está causando polêmica. O senador democrata Chuck Schumer enviou uma carta para o FTC (uma espécie de órgão de defesa do consumidor e da concorrência) e para o FBI onde sugere uma investigação contra o aplicativo por representar “um risco à segurança nacional”.

Na carta, Summer afirma que o aplicativo teria acesso total e irrevogável às fotos e dados pessoais. Além de destacar um risco à segurança nacional, ele afirma que o aplicativo é um ponto de atenção grave à privacidade de milhões de usuários. A carta foi endereçada ao diretor do FBI, Christopher Wray, e para o presidente do FTC, Joe Simons.

Recomendação aos candidatos

Outra carta, desta vez enviada pelo Comitê Nacional Democrata, também exibiu preocupação com a FaceApp. O partido alertou todos candidatos democratas sobre o uso do aplicativo, inclusive sobre a autoria: uma empresa da Rússia. Houve até sugestão para deletar o app imediatamente – inclusive os assessores dos candidatos.

O FaceApp, desenvolvido pela Wireless Lab, empresa sediada em São Petersburgo, diz em seu site que possui mais de 80 milhões de usuários ativos. Seu CEO, Yaroslav Goncharov, costumava ser um executivo da Yandex, amplamente conhecido como “Google da Rússia”.

O aplicativo, que foi lançado em 2017, ganhou as manchetes em 2018 quando retirou seus “filtros de etnia” depois que os usuários os condenaram como racistas.

99% não fazem login

Mais recentemente, enfrentou o escrutínio do público sobre questões como não comunicar claramente que o aplicativo envia imagens para a nuvem em vez de processá-las localmente no dispositivo de um usuário.

Não está claro como o aplicativo de inteligência artificial retém os dados dos usuários ou como os usuários podem garantir a exclusão de seus dados após o uso, disse Schumer na carta.

Em uma declaração citada pelos meios de comunicação, a FaceApp negou a venda ou compartilhamento de dados de usuários com terceiros. “99% dos usuários não fazem login; portanto, não temos acesso a nenhum dado que possa identificar uma pessoa”, disse a empresa.

Embora a equipe de pesquisa e desenvolvimento da empresa esteja localizada na Rússia, os dados do usuário não são transferidos para a Rússia, de acordo com o comunicado.

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