O Copacabana Palace, um dos hotéis de luxo mais tradicionais e históricos do país, fechará suas portas temporariamente, pela primeira vez em 97 anos devido a pandemia do novo coronavírus. A reabertura do hotel está prevista para o final de maio. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da unidade.
Na próxima segunda-feira (13) os últimos hóspedes terão que deixar o hotel. Somente dois moradores poderão permanecer no local. A primeira é Andrea Natal, diretora geral do Grupo Belmond do Brasil, que administra o espaço, e o cantor Jorge Ben Jor que vive no local desde 2018.
Durante o período de suspensão de atividades, uma equipe de manutenção reduzida será responsável por garantir a segurança sanitária do hotel e de seu acervo. Uma enfermeira vai monitorar os funcionários que estiverem trabalhando durante o período, informou a assessoria.
Com 239 apartamentos, localizado na orla da praia de Copacabana, zona sul do Rio, o hotel Belmond Copacabana Palace foi fundado em 1923 pelo empresário Octávio Guinle, por sugestão do então presidente da república Epitácio Pessoa. O projeto foi tocado pelo arquiteto francês Joseph Guire, inspirado nos famosos hotéis Negresco, em Nice, e Carlton, em Cannes – mesmo profissional que também projetou o hotel Glória, no bairro de mesmo nome na zona sul do Rio, fechado atualmente.
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Tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1989, no mesmo ano o hotel foi adquirido da família Guinle pelo grupo Belmond. Em dezembro de 2018, o conglomerado francês de luxo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton fechou um acordo para adquirir a Belmond, por US$ 2,6 bilhões.
Na última segunda-feira (6), de acordo com a ABIH (Associação Brasileira de Hotéis), pelo menos outros 60 hotéis interromperam as suas atividades na cidade do Rio de Janeiro, incluindo o Fasano, outro hotel de luxo.