Um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da FAB, divulgado nesta quinta-feira, 29, apontou que a queda da aeronave que transportava o cantor Gabriel Diniz, de 28 anos, ocorreu por condições meteorológicas adversas, atitude e indisciplina de voo do piloto.
O acidente aconteceu em 27 de maio de 2019 e, além de Gabriel, morreram Linaldo Xavier e Abraão Farias, ambos pilotos. De acordo com o Cenipe, no momento da queda, somente o primeiro piloto exercia a função e teria tomado atitudes consideradas erradas durante a operação do avião Piper Cherokee PT-KLO. O documento ainda apontou que ele não avaliou de forma correta os critérios para a condução da aeronave ao prosseguir com o voo em condições meteorológicas desfavoráveis.

O relatório também indicou que a aeronave, fabricada em 1974, não estava equipada com radar meteorológico e não era certificada para voar sob Regras de Voo por Instrumentos (IFR), autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e operar em Condições de Voo Visual (VMC). Linaldo Xavier era apenas qualificado para realizar o voo em rota em condições estritamente visuais.
A investigação entendeu que “não considerar os procedimentos previstos para se manter em condições de voo visuais concorreu para a exposição da aeronave a elevado risco de acidente”. A aeronave caiu no Povoado Porto do Mato, no município de Estância, em Sergipe.
Trajetória do cantor
Nascido em Campo Grande (MS), mas criado em João Pessoa (PB), onde morava com a família, o cantor era forrozeiro e ficou famoso nacionalmente com “Jenifer”, hit do verão de 2019, onde falava sobre uma relação iniciada no aplicativo de relacionamento Tinder.

A canção, ponto alto de sua carreira, tem mais de 328 milhões de visualizações no Youtube e quase 82 milhões de audições no Spotify. Mas antes de estourar, na escola, em João Pessoa, formou sua primeira banda e, mais tarde, cursando Engenharia Elétrica, cantou nas bandas Forró na Farra e Cavaleiros do Forró.
Em 2015, lançou seu primeiro single, “Tá online, tá solteira”. E, aos poucos, sua popularidade no “forrónejo” cresceu (sobretudo no Nordeste), o que o levou a gravar seu primeiro disco, o ao vivo “GD at the park”, em 2016. No mesmo ano, saiu o álbum de estúdio “GD verão”. Gabriel Diniz também gravou “Paraquedas”, com Jorge e Mateus; e “Acabou, acabou”, com Wesley Safadão.