A crise provocada pelos incêndios na Floresta Amazônica é “incrivelmente trágica”, disse o ator Leonardo DiCaprio nesta segunda-feira, dia 26, exortando governos a fazerem mais em meio à revolta internacional com os danos à maior floresta tropical do mundo.
Um número recorde de incêndios está devastando a floresta e causando preocupação por causa da importância da Amazônia ao meio ambiente global. Acredita-se que a floresta tropical produz um quinto do oxigênio do mundo.
DiCaprio falava um dia depois de a Aliança da Terra, uma iniciativa que fundou com os filantropos Laurene Powell Jobs e Brian Sheth, criar um fundo de emergência de 5 milhões de dólares para ajudar a preservar a floresta tropical.
“Existe uma grande tragédia acontecendo em todo o mundo por causa da mudança climática e do que está acontecendo na Amazônia, que são os pulmões da terra e vitais para nos proteger no futuro”, disse ele à Reuters.
“Estamos tentando perpetuar outros para que se envolvam, informem e contribuam, se puderem”, disse o ator no tapete vermelho da pré-estreia japonesa de “Era uma Vez em… Hollywood”.
Houve mais de 78 mil incêndios florestais no Brasil neste ano, quase o dobro do total do ano passado. Ambientalistas culpam especuladores que queimam a vegetação na esperança de vender a terra a agricultores e fazendeiros.
O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) decidiu enviar os militares para ajudarem a combater as chamas, mas foi criticado por não fazê-lo antes.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anfitrião da cúpula do G7 em Biarritz, disse que os líderes das maiores nações industrializadas do mundo estão próximos de um acordo sobre como ajudar a combater os incêndios e consertar a devastação.
“Os governos de todo o mundo, incluindo o Brasil, precisam trabalhar juntos para fazer com que isso não continue”, disse DiCaprio.
O astro, que visitou o Brasil dois anos atrás para combater incêndios com uma tribo local, disse que planeja voltar para ajudar novamente.
“O que é vital para proteger estas florestas é proteger as culturas indígenas nelas”, acrescentou.