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A Justiça brasileira determinou a suspensão imediata do aplicativo de mensagens Telegram por não entregar à Polícia Federal todos os dados sobre grupos neonazistas da plataforma pedidos pela corporação.
As empresas de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi, além do Google e da Apple, responsáveis pelas lojas de aplicativos Play Store e App Store, receberão o ofício sobre a suspensão ainda nesta quarta-feira, 26 de abril.
Embora o Telegram tenha entregue parte dos dados solicitados pela PF na sexta-feira, 21 de abril, a corporação queria contatos e dados dos integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista, e o aplicativo não forneceu os números de telefone.
A Justiça ainda ampliou a multa aplicada ao Telegram por não entregar os dados de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.
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A investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz, que deixou quatro mortos, descobriu a interação do assassino, um adolescente de 16 anos, com grupos com conteúdos antissemitas pelo Telegram.
A PF pediu que a plataforma entregasse os dados de administradores e integrantes do grupo para apurar as conexões e se houve influência no crime em Aracruz.
O envolvimento de grupos extremistas em casos de violência em escolas vem sendo investigado pelo Ministério da Justiça. A apuração começou depois do caso de Aracruz.
O ministro Flávio Dino determinou a investigação de células que fazem apologia ao nazismo e afirmou que a PF descobriu a conexão entre grupos neonazistas e adolescentes com influência para violência em escolas. A investigação da PF gerou uma série de operações em vários estados brasileiros.
Até o momento de publicação desta matéria, o Telegram continua disponível nas lojas de aplicativos Play Store e App Store.