Os notebooks do futuro terão telas dobráveis – e eles já estão chegando ao mercado

A última grande revolução no mundo das telecomunicações foi a proposta de criar um aparelho celular cuja tela fosse dobrável. A julgar pelo esquecimento no qual caíram o Huawei Mate X e o Galaxy Fold, esse tipo de tecnologia não parece interessar muito os consumidores.

Esses smartphones, no entanto, abriram caminho para que outro segmento da tecnologia digital tentasse sucesso em uma possível era das telas dobráveis: os notebooks.

Seria ingênuo pensar que as grandes empresas do ramo não iriam lançar protótipos com esse tipo de tecnologia. Como ela é bastante recente e pouco explorada, ainda há um bom espaço para que haja experimentação de todos os lados.

Nas últimas semanas pudemos conhecer, por exemplo, um modelo inovador lançado pela Lenovo, o ThinkPad X1. 

Essa é uma empresa conhecida por se lançar com tudo nos mercados da tecnologia. Sua mais recente tentativa de fazer sucesso se baseia em uma tendência muito forte em todo o mundo de oferecer aos usuários produtos híbridos, que possam oferecer vários serviços ao mesmo tempo.

Notebooks e tablets: 2 em 1

Quando se pensa em um notebook com tela dobrável é inevitável pensar em uma fusão entre computador portátil e um tablet. Para muitos consumidores esse é um grande desejo de compra: um produto que possa oferecer o hardware de um lap top, mas com a leveza e a praticidade de um quase mobile.

O modelo da Lenovo, o ThinkPad X1 tem uma tela de 13.3 polegadas. É relativamente pequena para um notebook, sendo um pouco menor do que a de um MacBook Air. O diferencial, contudo, é quando ela se dobra, pois fica com a metade do tamanho.

Mas não é só nisso que a Lenovo aposta. A maioria dos consumidores nem sequer comprou a ideia dos smartphones dobráveis com a justificativa de não haver um teclado tátil. O ThinkPad X1, no entanto, possui esse periférico, o que preenche uma lacuna que, pelo tamanho, os aparelhos celulares não conseguem preencher.

O hype em torno das telas dobráveis nos notebooks se justifica. Essa tecnologia, com ou sem o teclado, abre espaço para uma nova era nos portáteis. Facilita o transporte do objeto para todos os lugares, não necessitando carregar uma mochila específica para o produto.

Telas dobráveis e o público-alvo

Engana-se quem pensa que os motivos para criar aparelhos dobráveis se baseiem unicamente em razões estéticas. A tecnologia em si, na realidade, não afeta de forma direta a beleza de smartphones ou computadores. 

Atualmente as grandes empresas do ramo da tecnologia buscam oferecer praticidade aos seus consumidores. Principalmente aquelas que produzem aparelhos que visam facilitar as comunicações entre as pessoas fazem isso: a ideia é tornar mais rápida a interação entre indivíduos.

Notebooks com telas dobráveis são importantes, no entanto, para outros propósitos. O principal deles é o mercado de trabalho. Inúmeros profissionais das mais diversas áreas se beneficiariam com a criação de computadores que se desdobrassem em tables e vice-versa.

Empresários que saem de uma reunião para outra em locais diferentes da mesma cidade ou mesmo em cidades diferentes seriam um público-alvo direto desse tipo de produto. Facilita dobrar o notebook após uma apresentação de negócios e colocar dentro da bolsa ou da pasta sem se preocupar com peso.

Quem é profissional freelancer também seria um beneficiário imediato se essa tecnologia se consolidasse. Quem trabalha de casa, de cafés ou precisa mostrar seu trabalho a empresas veria em um produto como o da Lenovo uma grande ajuda.

Estudantes, professores e demais profissionais da área de ensino são outro grande grupo que corresponderia ao hype lançado em torno das telas dobráveis. Mais do que uma nova moda, esses produtos prometem ser o futuro da tecnologia comunicacional.

Os desafios das telas dobráveis

Quando os aparelhos celulares sem teclas foram lançados houve muita resistência por parte dos consumidores mais tradicionais. Como ocorre com toda nova tecnologia, as telas dobráveis precisarão vencer pré-conceitos e desconfianças para consolidar seu espaço.

Isso não ocorre da noite para o dia. Empresas como a Lenovo e a Dell, gigantes da computação, parecem estar muito dispostas a liderar uma empreitada que promete ser de grande sucesso.

Mesmo com as falhas do Galaxy Fold e do Huawei Mate X, não há motivo para desespero por parte das empresas. Bastará que a primeira delas tenha sucesso para que se siga uma torrente imparável de notebooks e mesmo de celulares com telas dobráveis.

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