21ª edição do INDIE acontece de 25 a 31 de maio em BH e exibe 21 longas, de 13 países, com entrada franca

O cinema está vivo. Resistindo as adversidades causadas pela pandemia e, principalmente, ao esvaziamento das salas de cinema, a arte resiste na busca da sua existência através da criatividade e da invenção. Ir ao cinema é ver os filmes de autores que criam, pensam e realizam. Vá ao INDIE e participe dessa comunidade que adora salas de cinema, filmes de 3 horas e experiências cinematográficas, que não quer perder os novos filmes do João Canijo, Bas Devos, Angela Schanelec, André Téchine, Abbas Fahdel, Ira Sachs, Jerzy Skolimowski, Laura Citarella e muito mais.

21ª edição do INDIE vai acontecer de 25 a 31 de maio, em Belo Horizonte, com entrada franca. O INDIE é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte com patrocínio do Mater Dei, apoio do Centro Cultural Unimed-BH Minas e apoio cultural da Cinemateca da França. Uma realização Zeta Filmes.

A programação apresenta 21 longas, de 13 países e está dividida nos programas Mostra Mundial, Première e Sessão Clássica. Confira os destaques de cada mostra:

MOSTRA MUNDIAL apresenta 10 filmes contemporâneos que fazem sua estreia no Brasil. O português João Canijo dirigiu dois filmes que se relacionam e se refletem como um espelho. Em Mal Viver, Urso de Prata – Prêmio do Júri na Berlinale (2023), o foco são cinco mulheres de uma mesma família, de diferentes gerações, que administram um antigo hotel familiar em decadência; em Viver Mal o foco são os hóspedes do mesmo hotel em um fim de semana e seus dramas e conflitos. As duas obras juntas, e a mudança de ponto de vista narrativo, é o lançamento cinematográfico mais interessante do ano.

Outro filme com uma proposta diferente de experiência de cinema é Trenque Lauquen da diretora argentina Laura Citarella. Um filme de quatro horas, mas divido em duas partes, em que a protagonista é a cientista Laura, uma espécie de Sherlock Holmes feminina, em busca de histórias de vida de outras mulheres que eram desconhecidas, ou escondidas, em uma pequena e pacata cidade argentina.

Da diretora alemã Angela Schanelec o seu novo filme Music, Urso de Prata de Melhor Roteiro na Berlinale,livremente inspirado no mito de Édipo, mais uma vez o cinema sofisticado de Schanelec. Já do belga Bas Devos, o INDIE apresenta Here, Prêmio de Melhor Filme na mostra Encounters da Berlinale desse ano, um filme que traz a humanidade possível e a calma entre as pessoas, a natureza e as diferenças.

Aos 80 anos, e em plena atividade, o veterano diretor francês André Techiné traz Almas Gêmeas, com Noemie Merlant e Benjamin Voisin vivendo dois irmãos quando um deles perde a memória. O diretor iraquiano Abbas Fahdel completa sua trilogia libanesa em Tales of The Purple House. O refúgio na sua casa no Líbano junto com a pintora Nour Ballouk, dois olhares vivendo o Líbano contemporâneo e sua grande crise política e econômica. E o INDIE traz dois diretores estreantes: a mongol Qiao Sixue com The Cord Of Life filmado na Mongólia Interior; e o chinês Kong Dashan com a comédia sci-fi absurda Journey To The West. 

A mostra PREMIÈRE traz cinco filmes em pré-estreia que em breve vão estar no circuito brasileiro. Destaque para a estreia nacional de Passages do diretor americano Ira Sachs, mais um filme de Sachs com roteiro do brasileiro Mauricio Zacharias, desta vez rodado em Paris, com os atores Franz Rogowski, Ben Whishaw e Adèle Exarchopoulos. Um casal, novas experiências e o narcisismo destruindo tudo.

Outra oportunidade de ver antes da estreia no circuito é para EO, do diretor polonês Jerzy Skolimowski, lançado em Cannes em 2022, recebeu o Prêmio do Júri e concorreu ao Oscar de Melhor Filme Internacional. O filme é protagonizado por um burro que percorre da Polônia à Itália. Uma homenagem de Skolimowski ao filme francês, de 1966, Au Hasard Balthazar de Robert Bresson.

O que nos leva a programação da SESSÃO CLÁSSICA. O programa dedicado aos filmes clássicos restaurados e cults vai trazer na sua programação o filme de Robert Bresson, que aqui no Brasil foi chamado de A Grande Testemunha e traz a história comovente do burro Balthazar.

Outro grande destaque da programação é a estreia da cópia digital restaurada em 4k do primeiro filme do diretor português Pedro Costa, O Sangue.Realizado em 1989, em 35mm, traz a história de dois irmãos e um segredo.

Em homenagem ao gênio Jean-Luc Godard, falecido em setembro de 2022, o INDIE exibe seu primeiro filme, Acossado, realizado em 1960. O programa traz outros clássicos em preto e branco como Estranhos no paraíso (1984) de Jim Jarmusch, Hiroshima meu amor (1959) de Alain Resnais e Stromboli (1950) de Roberto Rossellini.

O INDIE traz também dois filmes com recursos de acessibilidade com Libras, audiodescrição e legenda descritiva: Acossado, de Godard, que será exibido em duas versões, com acessibilidade e sem acessibilidade; e o filme argentino O futuro perfeito, de Nele Wohlatz. 

NDIE

25 a 31 de maio/2023

Local: Centro Cultural Unimed-BH Minas

Endereço: Rua da Bahia, 2244

ENTRADA FRANCA

Outras informações aqui:

www.indiefestival.com.br

instagram: @indie_festival

twitter: @indiefestival

http://www.facebook.com/indiefilmfestival

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